terça-feira, 28 de abril de 2009

Que saudades dos tempos que não conheci

Que saudade daqueles tempos que não vivi,
Onde a poesia era viva na alma dos Brasileiros,
Que saudade do mundo que não conheci,
Onde se tinha dinheiro o suficiente p viver, p amar, p ser feliz

O mundo hoje é assim:
Pouco tempo,
Poucos amigos,
Pouca arte,
Pouca profundidade...
E o pior de tudo é que não há espaço para o amor, para o abraço, para o carinho;

O mundo hoje é apenas ter um vazio de tudo,
É ter o tudo que é nada;
Ter uma alma que não é alma.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Se queres imagem minha

Se queres imagem minha meu amor,
Tira de dentro da sua alma,
Aquela que tira seu sono e,
Arranca-te suspiros pela madrugada,

Das nossas noites apaixonadas,
Das nossas pernas entrelaçadas,
Das lagrimas arrancadas,da alegria improvisada,
De todo aquele nosso tudo que foi nada,
De todo aquele nosso nada que foi tudo..

Só aquela amor,
Que nem o tempo ou outro amor apaga...

domingo, 26 de abril de 2009

Quem pensa

Quem pensa que a poesia é minha dádiva, meu talento,
Não sabe o que me faz ser poeta,
Sou –o porque não posso não sê-lo,
Não é uma questão de arte,
Mas uma questão de morte...

Se não escrevesse poemas, não levantaria da cama, ,
Não posso viver a vida senão não em versos,
Em estrofes...
Em rimas,

Queria ser como os outros e fazer da vida a prosa,
a linha,a vida contínua, retilinea...
...mas minha alma é poesia

sábado, 25 de abril de 2009

Despedida

Quero chorar a despedida,
Dos meus amores,
Dos meus amigos,
Dos meus horrores,
Dos inimigos.

Mas não posso chorá-la,
Pois não existe despedida,
Não existe o fim de nada,
Tudo é começo, é agora, é caminhada,

Só se despede quem vive no passado ou no futuro,
Quem vive o agora, em cima do muro,
Não sente a dor da retirada .

Quem sente saudades do passado,
Não realizou o que esperava no futuro de ontem,
E quem teme o futuro,
Espera realizar no futuro do passado de amanha,
O que não realizou no futuro do passado de hoje.

Não tenho passado e nem futuro,
Realizo tudo agora e não temo nada,
Aceito tudo que a vida por sí , me guarda
Fantástico não é tudo o que me espera, mas o que não espero

Então, não me despeço,
Apenas sigo, humanamente,
E sinto tanto na alma a vida,
Que nem tempo têm as lagrimas da despedida,
Diante da mágica do instante...

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Bem leve

Quero viver a vida mais leve,
Suave,
Breve,
Mais vida.....

Que eu possa viver meus versos,
Sem pausa pra respiração,
Assim, vida...
Assim, boa...
Assim, voa...

No pensamento,
Faz-me asas e,
leva-me em sonho,
pra um lugar melhor...

Nos olhos ,
Guarda aquela imagem das meninas passando,
Daquele sorriso,
Das mil possibilidades...

Nos braços coloca aquele amigo de porte,
Parrudo, amigo-amigo, de fé e de morte,
Daquele que faz a gente chorar escondido de saudade...

Nas pernas guarde aquele gol perdido e,
Os passos desajeitados que arrisquei no meio do salão...

E no coração,
Não deixe nada,
Só o espaço p qualquer tipo de amor,
Pra amar,
Sofrer,
Viver...


quinta-feira, 23 de abril de 2009

Sempre a Caminho

A minha vida é uma partida sempre mais pra fora do centro,
Estrangeiro na essência,
Fui, na ânsia, tão longe à ponto de ficar com preguiça,
E deixar-me.

A bagagem, esqueci na porta,
(E AGORA! Minha necessaire de esperanças!)
Junto à beira da despedida,
de nenhum lugar a lugar algum.

Após o último abraço distante,
Sinto um frio súbito ao reclinar da poltrona,
Encosto os nervos e começo a pensar,
Em tudo que não fiz enquanto não estava alí,
E com um sorriso largo e aceno forte,
Sigo, sigo, sigo...

Mas parto como quem quisesse ficar,
E se quisesse ficar,
Ficaria como quem deseja partir;
Queria mesmo era estar sempre a caminho e,
Não ter mais de pôr os pés neste mundo...

Além do mais,
e todo mundo sabe,
Que na viagem,
Liberamos os sonhos dos comboios da vida,
E podemos ser reis e deuses,
Prum futuro sem esperanças
(O que pelo menos é um futuro).

Mas quando não-abrimos os olhos e descemos,
Após a ansiedade inútil de corredor
A terra é cinza eou seca,
A chuva não veio,
E o broto não vingou mais um verão.

As pessoas à minha volta,
Ajeitam os colarinhos e sacodem,
As últimas sombras de grandes propósitos,
E sérias, cegas por um profundo suspiro,
Seguem, seguem, seguem...

Eu, o astronauta aposentado(compulsóriamente),
dos sonhos da minha infância,
Quero estar sempre a caminho,
E peça ao rapaz da companhia,
Pra nunca me acordar,
Pois sigo pra nenhum lugar,
Sigo, sigo, sigo...