terça-feira, 13 de outubro de 2009

Olhando pro céu

Quando penso em você,
A mais linda desse mundo,
Olho pro céu.

Não importa se é dia ou noite,
Se em companhia do imponente sol,
Cercado de tenras nuvens,
Ou da solitária lua,
Que peca sob a vigília incansável das estrelas,
Olho pro céu.

As vezes me deserspero,
E louco, lagrimas tantas choro,
Se tudo faz sentido,
Bobo, sorrio sozinho,
Mas sempre,
Olho pro céu.

O que me dói é não ser passarinho,
E poder de cima, ver esses olhinhos lindos,
Vigiar seu soninho tranquilo,
Voar bem do seu ladinho,
Por isso,
Olho pro céu.

Ainda bem que a natureza é perfeita,
E não deu asas pros homens apaixonados,
Mas independênte de distância, tempo ou nada,
Ao amor deu tudo,
E agora,
Continuo olhando pro céu.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Saudade

Que saudade minh'alma-metade,
De cantar o amor assim,
Bem leve em seu ouvido humano.
E que aí tão longe, do outro lado do oceano,
possa sentir, sorrir, sorver,
Daquilo que hoje-sempre-tanto em meu peito arde.

Que saudade do nosso amor circense,
Que menino-aéreo, engana, enrola, separa em malabares,
Mas que assim: puro, forte, farto, amor-verdade,
Não força, não passa e não pensa,
Se há possível distância que a habilidosa mão não vença.

Que saudade mulher raçuda,
Dessa força leve,
Dessa guerrilha muda,
Dessa fé cega que manda e desmanda,
e o mundo no amor muda.

Que saudade dessa verdade,
Esperando a frase na sacada aberta ao vento,
Que saudade daqueles momentos de coração-alarme,
Na iminência do gesto,
Sofrendo no quase.

Que saudade desse amor,
Renascido na impotência de luto falso,
Revivido na imponência do ouro sem lastro,
Emancipado de possíveis tempos rasos,
Eternizado na incontrolável fluência dos meus versos.

Que saudade Amor,
Que saudade....

sábado, 9 de maio de 2009

A crise do amor

A crise do amor,
Começou da primeira vez que alguém o falou,
Virou poema,
Depois música,
Agora...
...É coisa de novela.

Anuncio minha morte

Passo os dias,
ou me anestesiando das piores dores,
ou fazendo aquilo,
que causará as dores das quais vou querer me anestesiar.

Vivo,
pra esquecer e fazer coisas,
das quais não quero lembrar.

Nada mais significa,
Não há objetivos, amor, sonhos, relações, vida...
Nem paz, nem desespero.

Dessa lenta e longa não-existência,
Só resta aquele lindo fruto,
que apodreceu no pé, antes de cair.

É quando descobrimos,
que as vezes o que fica,
é menor que nada.

As vezes,
fica um pouco de marca,
de mágoa, de esperanças, de palavras vagas...

Espremido até os ossos de medos efêmeros,
de erros circundantes, de vergonhas escondidas,
de uma herança presa em uma moral flexível,
Nem Deus, o misericordioso, veio ao meu enterro,
Que foi lento, silencioso e certo.

Despeçam-se de mim, como mesmo fiz,
Com um tapinha nas costas e “Alea jacta est”!
Pois esse que era vosso amigo,
Morreu de dentro e agora,
é só um corpo carregando um cadáver.

O mofo já se instaura na gaveta de versos não lembrados,
E o temor da segunda-feira de gente grande,
pra quem ainda queria brincar ao pé dum largo cajueiro.

Pra nós, que mesmo concebendo o mistério das coisas,
não conseguimos vivê-las,
Pra mim, que estou aqui sentado,
cansado, incrédulo e torto,
morto ao pé desses versos.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Se perguntarem

Se me perguntarem qual é o meu estilo,
Digo-lhes que meu estilo é não ter estilo nenhum.

Não sou poeta natural, clássico, moderno,
e muito menos romântico
Sou apenas humano,
E meus poemas refletem toda minha mortalidade.

Os meus versos são por vezes tristes e outrora felizes,
São cheios de fé e medo,
Falam sobre amor e ódio,
Das incertezas da vida e a certeza da morte.

Meus poemas são vivos como todo leitor,
E ganham novo sentido na alma de cada um,
E mesmo que não tomem sentido algum,
Haverà neles algum sentido,
Cumprindo assim a razão de sua existência.

Ano novo

“Estive pensando sobre o ano novo...E confesso que, humanamente, me emocionei por alguns instantes...Toda aquela euforia, toda aquela falsa esperança, todos aqueles planos frustrantes, todo aquele amor de novela das oito...Quase me comoveram até as lágrimas... O problema é que já me pesa o fato de saber que não existe ano velho e nem ano novo nenhum... Dia 1 de janeiro não é nada... o momento das 23:59 e 59s do dia 31 de dezembro até às 00:00 hs do dia 1 de janeiro, é apenas mais um momento como qualquer outro!!...Quem vive a vida como eu, não pode celebrar esse momento com a mesma paixão...Eu comemoro a vida a cada instante sem comemorar nada, apenas vivendo tudo....fazendo o que a própria vida exige...Pra mim, cada momento é uma coisa totalmente nova e fantástica, eu e minha vida nunca somos os mesmos de um momento vivido para o outro... Vivo tão em comunhão com as coisas da vida e sinto tudo com tanta realidade, que pensar em ano novo é mais um daqueles desperdícios da alma dos quais procuro me livrar...Mais uma árdua tarefa da arte de esquecer o modo de lembrar que humanamente aprendi... Se pudesse desejar alguma coisa nesse “Ano Novo”, queria não senti-lo mais... Para que pudesse viver realmente o novo...”

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Pensamento vazio

“ Escrevo sobre nada,
sobre o que não vejo,
sobre o que não sinto,
nem tenho palavras pra descrever...
Esse pensamento vazio...”