terça-feira, 19 de maio de 2009

Saudade

Que saudade minh'alma-metade,
De cantar o amor assim,
Bem leve em seu ouvido humano.
E que aí tão longe, do outro lado do oceano,
possa sentir, sorrir, sorver,
Daquilo que hoje-sempre-tanto em meu peito arde.

Que saudade do nosso amor circense,
Que menino-aéreo, engana, enrola, separa em malabares,
Mas que assim: puro, forte, farto, amor-verdade,
Não força, não passa e não pensa,
Se há possível distância que a habilidosa mão não vença.

Que saudade mulher raçuda,
Dessa força leve,
Dessa guerrilha muda,
Dessa fé cega que manda e desmanda,
e o mundo no amor muda.

Que saudade dessa verdade,
Esperando a frase na sacada aberta ao vento,
Que saudade daqueles momentos de coração-alarme,
Na iminência do gesto,
Sofrendo no quase.

Que saudade desse amor,
Renascido na impotência de luto falso,
Revivido na imponência do ouro sem lastro,
Emancipado de possíveis tempos rasos,
Eternizado na incontrolável fluência dos meus versos.

Que saudade Amor,
Que saudade....

Um comentário:

  1. Querido Amigo,

    Parabéns pelo Blog. Aproveito para apresentar minha obra literária, CROCODILO SONHADOR, romance contemporâneo lançado em maio/2009, pela Editora Globo. O livro teve apoio do Presidente da Academia Paulista de Letras, Dr. Renato Nalini e do publicitário Celso Loducca, pessoas que fizeram o prefácio e orelha, respectivamente. Espero contar também com o apoio desse respeitável blog.



    Abraço,
    Vanda Amorim

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