quarta-feira, 6 de maio de 2009

Ano novo

“Estive pensando sobre o ano novo...E confesso que, humanamente, me emocionei por alguns instantes...Toda aquela euforia, toda aquela falsa esperança, todos aqueles planos frustrantes, todo aquele amor de novela das oito...Quase me comoveram até as lágrimas... O problema é que já me pesa o fato de saber que não existe ano velho e nem ano novo nenhum... Dia 1 de janeiro não é nada... o momento das 23:59 e 59s do dia 31 de dezembro até às 00:00 hs do dia 1 de janeiro, é apenas mais um momento como qualquer outro!!...Quem vive a vida como eu, não pode celebrar esse momento com a mesma paixão...Eu comemoro a vida a cada instante sem comemorar nada, apenas vivendo tudo....fazendo o que a própria vida exige...Pra mim, cada momento é uma coisa totalmente nova e fantástica, eu e minha vida nunca somos os mesmos de um momento vivido para o outro... Vivo tão em comunhão com as coisas da vida e sinto tudo com tanta realidade, que pensar em ano novo é mais um daqueles desperdícios da alma dos quais procuro me livrar...Mais uma árdua tarefa da arte de esquecer o modo de lembrar que humanamente aprendi... Se pudesse desejar alguma coisa nesse “Ano Novo”, queria não senti-lo mais... Para que pudesse viver realmente o novo...”

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